30 novembro 2013

PYD


Não sabia como, ou porque, mas seu corpo tinha se tornado seu maior vicio, precisava senti-la, tê-la para si era como o efeito das piores drogas, seu sangue fervia, era ali que sentia as melhores sensações e dizia as coisas mais sujas, apenas para apreciar sua cara de prazer. Iria fazer amor com ela, não importa onde, precisava mostrar que a amava e aquela era a melhor forma, se entregar, amando-a.  

Velas acesas, ou pratos caídos ao chão, não interessa o cenário, não interessa o momento, tudo o que importava era seu corpo sob o dele, movimentos ritmados pela loucura que sentia ao estar com ela. Faria amor com ela, o melhor de todos, por que era penas isso que ela merecia, faria amor com ela, para mostrar o quanto a amava, o melhor de todos, pois era assim que se sentia quando estava ao seu lado.

Podiam falar o que quisessem, ele não se importava, quando estava ao seu lado os flashes perdiam o efeito, os gritos eram abafados, eram apenas eles, os dois e aquele amor louco, a necessidade de saciar a sede insaciável, a necessidade de ama-la como se aquela fosse a última vez, e não seria, ambos sabiam, que da próxima vez, no avião, trem, carro ou seja lá onde fosse, seria exatamente igual.

Tentou se explicar por algumas vezes, tentou parar em outros diversos momentos, mas havia se tornado involuntário, não dependia dele ou dela, eram apenas reféns da necessidade de seus corpos. No meio da multidão, ninguém a tocava como ele fazia, na pista, ninguém dançava como ela merecia, só ele sabia como ela gostava. Então seria assim, ali mesmo, na balada ou no estacionamento, o lugar não era importante, a amaria como ela merecia, como ela gostava, da forma que ele saciaria suas vontades. Faria amor com ela, mais uma vez, não a última vez. 

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