07 dezembro 2013

Roller Coaster



“Descreva o amor em uma palavra” ela pedia, não sabia quem era, apenas que assim como dezenas de pessoas, esperava por cinco minutos falando com ele, microfones, câmeras e a simpatia que soava tão hipócrita quando ele tentar pronunciar o nome daquele programa medíocre. “Uma montanha russa” ele respondeu depois de pensar por alguns segundos, 3 ou 4.

Uma montanha russa, a atração principal do parque lotado, filas gingantes por segundos de diversão, assim era o amor que ele tinha provado, rápido, intenso, como o brinquedo que te faz gritar, você tem medo e sabe disso, mas mesmo assim, precisa prova-lo, mesmo sabendo que no fim das contas, quando acabar, estará tonto e ferido, valeu a pena, foram os melhores momentos de sua vida, esse é amor, uma montanha russa.


Lembranças vieram a sua mente, desejou ter a chave de seu coração, assim como deseja poder controlar aquele brinquedo quando descobria sua altura, desejou poder molda-la e viver aquele amor da forma como lhe cabia, nada de muita altura, não o tempo todo, velocidade moderada, e trilhos infinitos, desejou que seu amor, pelo menos uma vez, não fosse uma montanha russa, onde em um momento ele se sentia no topo, mas no próximo caia num poço sem fundo.

Ali em cima, no momento em que podia ter a vista perfeita da cidade, era perfeito, a adrenalina correndo em seu sangue deixava tudo maravilhoso, mas em seguida chegava ao fim, tudo ficava turvo e ele se sentia sem chão, “tire o sinto e siga para a próxima atração”. Não suportava saber que assim seria com aquele amor, ele queria novamente, mas não sabia se seria capaz de aguentar novamente, uma montanha russa de sentimentos e atitudes, noites como aquela não aconteceriam novamente, e agora, talvez fosse hora de procurar um amor pacifico, dessa vez não seria uma montanha russa, carrossel quem sabe...

Um comentário:

  1. Ótimo texto, nós beliebers entendemos o ato da montanha russa, amei!

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