Sua vida estava uma tremenda confusão, quando ela chegou, “eu venho em
paz” declarou, o fazendo abriga-la e alimenta-la com seu amor. Os dias foram se
passando, e a cada manhã ele percebia que estava se apegando cada vez mais, ela
tinha se tornado sua melhor amiga, já não sabia como seria sozinho.
“Fique aqui para sempre” ele pedia, mas ela estava curada, pronta para
encarar o mundo lá fora, “eu não posso ficar aqui para sempre” ela dizia, numa
tentativa falha de se explicar. Ela queria o mundo, e ele temia que todos
soubessem que eles ainda viviam. “Eles vão querer descobrir seus segredos, os
nossos segredos.”
Queria guardá-la em sua mochila e poder a carregar para todos os
lugares, protege-la de todos, o mundo é cruel, e ela sensível, como um bichinho
desconhecido, um ET. De outro mundo, essa era única explicação para o
sentimento que eles tinham, forte demais para ser entendido pelos meros mortais
que preferiam julgar, ao invés de entender, jugavam como se entendessem por que
o eles passavam.
Entrou em sua nave e se foi... voltou para o mundo, para o foco, e o
deixou ali, sem norte, sem motivos para sorrir, sem ela. Olhando para o céu,
ele soube, ela sempre seria uma das estrelinhas brilhando, o seu sorria para
ele, era o sorriso dela. Ela poderia não estar em sua “mochila”, mas de
qualquer forma essa sempre estaria cheia, com seu amor. Por que ele tinha essa
mania, amar de mais, amar como se ama em um mundo desconhecido pelos que
preferiam admirar flashes à estrelas.
Nenhum comentário:
Postar um comentário