Hold Tight

Beijos e caricias iniciavam o que teria um final previsível, apesar de sempre surpreendente. Ele a beijava de forma intensa, ela se perdia em meio as cobertas e o corpo levemente escultural que ele exibia, sim, eles tinham começado tudo isso com uma discussão, mas era sempre assim que elas terminavam, camisa em um canto qualquer do cômodo em questão, bermuda no outro, e os dois juntos, o encaixe perfeito, ritmado como aquele amor.

Abraços apertados e risadas altas, mais que um casal, os dois eram parceiros, juntos descobriam novas coisas, juntos sentiam o que ninguém mais seria capaz. Os movimentos leves a tiravam do sério e ele se divertia com a forma como ela o olhava, aquilo tinha se tornado mais do que desejo, mais do que necessidade, eram viciados, viciados em amar.

Por diversas vezes prometeram que seria a última vez, mas os olhares denunciavam a vontade, e deixavam que aquela então fosse a última, mesmo que depois dela, houvessem mais milhares delas... Ele sabia o que ela gostava, ela o que ele queria e assim viviam pela milésima aquele erro, e como era bom errar.

O melhor que já teve, só ela o entendia daquela forma, trocas de olhares expressavam os desejos ocultos, e em mar de cobertas eles navegavam em meio ao sentimento que carregavam, a necessidade pelo outro, cada vez maior. Depois de tudo trocavam sorrisos, se abraçavam apertado, era um adeus, lábios selados pela última vez, mas ele sabia, haveriam ouras, pois as lábios dela eram seu ponto fraco e não o deixariam seguir.